Mergulhando nas fantasias infantis, inventei uma história para meu neto. Disse-lhe que quando eu era criança, eu tinha que brincar na rua prestando atenção se não estaria vindo nenhum dinossauro, pois aí eu e meus amigos tínhamos que sair correndo para casa. Em sua inocência dos seus 6 anos de idade, ele se envolveu de corpo e alma nesta fantasia. Ta certo, já estou meio velho, mas nem tanto. Seus olhinhos brilhavam, mostrando que queria viver esta época, estas aventuras. Olhamos fotos de diversos dinossauros na internet e, cada vez mais, eu inventava histórias, estimulando a imaginação dele. Começou a contar para seus amiguinhos que eu havia vivido na época dos dinossauros, passou a imaginar que todos os mais velhos haviam fugido de dinossauros. Enfim, passou, sem saber, a dizer que todos os mais velhos eram muito velhos, jurássicos! Ao ponto de dizer que uma menina de 16 anos “havia corrido de dinossauros”. Um dia ele saberá a verdade e eu ficarei como um grande mentiroso, mas isso não me importa, pois será um ponto de vista passageiro. O que me importa é que toda essa fantasia dele irá por água abaixo, a realidade estará tomando o espaço dos sonhos. Minha vontade é sair por aí implorando para que ninguém conte a verdade para ele. Deixem-no sonhar. Assim como eu gostaria de estar sonhando até hoje!
(Luiz Braga - sócio Harmonia Filmes e Macuca Produções)
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